Fim das férias escolares afeta estudantes, comércio e trânsito

Com o fim da Copa do Mundo e o reinício das atividades escolares em Fortaleza, se inicia amanhã um nova rotina nas principais vias da cidade. Previsão é de até 20% a mais de fluxo no trânsito

Esse ano foi tudo diferente. O primeiro semestre letivo terminou mais cedo, uma Copa do Mundo preencheu os dias de férias e a volta às aulas ocorre no meio do mês conhecido exatamente por ser de folga. A partir de amanhã, Fortaleza estará diferente. Será um recomeço para o comércio, o trânsito e, principalmente, para pais e estudantes. Será preciso readaptar-se a realidades até já conhecidas, mas que sempre exigem novas posturas.

O despertador do empresário Bruno Magalhães, 34, estará programado para 1h30min mais cedo do que nos últimos 30 dias. A rotina diferenciada valerá também para Bruno, 9, e Ian, 3, que voltam à escola depois da intensa programação de futebol, vídeo game e passeios.


A saudade dos colegas aperta, as brincadeiras no parquinho coletivo também e a lembrança sobre o fenômeno gramatical “dígrafo” mostra um apego pelo conhecimento. As férias, entretanto, tem peso “2” na balança. “Mas vou sentir falta de tomar banho de piscina”, disse Lucas. “Não vou poder acordar mais tarde”, disparou Ian.


Para lidar com esse amontoado de gostos e obrigações, a mãe, a jornalista Jamile Peixoto Magalhães, se preparou: tirou férias no mesmo período que os pequenos, já para fazer das mudanças algo mais comum; incentivou a leitura mesmo durante os dias livres, preparou mochilas e outros materiais junto com eles e já conversou sobre a retomada da rotina. “Tentei me preparar desde o início, adaptando minhas férias às deles. Tentei colocar algumas atividades, como leitura, mas sem exagero”, detalhou.


Sono e alimentaçãoA readaptação quanto à alimentação e ao sono são os pontos fundamentais neste momento, conforme a psicóloga escolar e psicopedagoga Ana Letícia de Moura. “Este fim de semana os pais já devem fazer as crianças voltarem para os horários normais. Principalmente com os menores, que precisam da ação para compreender melhor”, afirmou. As crianças maiores, conforme a especialista, têm mais dificuldades em retomar os hábitos. “Eles voltam lentos, com indisposição. A maior dificuldade é retomar o ritmo”, acrescentou.

Letícia ressalta, porém, que alguns estudantes, que muitas vezes não conseguem aproveitar tanto as férias, aguardam ansiosos pela volta às aulas. “Os mais adolescentes, por exemplo, têm a escola como um ponto de encontro com os grupos, amigos... É preciso se conscientizar que as férias são uma exceção e que a escola é boa, não é só tarefa e prova”, analisou.


Os pais precisam estar atentos para lidar com a ansiedade do primeiro dia, o incentivo do preparo dos materiais e a necessidade de participação. “Como o pai e a mãe lidam com Educação, e o acompanhamento escolar são fundamentais para o aprendizado das crianças”, frisou.

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