Para o dirigente da associação, a praia é um lugar muito seguro, sem registro de crimes mais graves há anos. “Homicídios e abusos sexuais são raros. No município todo tem, mas Jericoacoara sozinha não tem. Nem grandes assaltos. É muito difícil”, comenta o cearense.
Problemas
Como em todo local, os problemas existem. Jeri, como é carinhosamente chamada, não foge a regra. O delegado-geral da Polícia Civil, Andrade Júnior, revela que os crimes que acontecem na praia são ligados ao tráfico de drogas. Inclusive, a polícia já realizou operação para combater o problema.
O policiamento em Jericoacoara é feito por um posto da Polícia Militar na vila. No local não há delegacia da Polícia Civil, existente somente na sede de Jijoca, distante 23 km, em percurso sem estrada – o trajeto até a vila é feito por carros com tração 4×4.
Assassinatos como o de Gaia Molinari são raros, apesar de que a polícia não informa números. No último dia 25, um casal encontrou o corpo da italiana no caminho para a Pedra Furada, ponto turístico de Jericoacoara. A mulher, de 29 anos, estava desaparecida desde o dia anterior. Após depoimento desencontrado à polícia, a jovem que acompanhava a turista, a farmacêutica carioca Mirian França, foi presa preventivamente.
Crise na segurança
Em 2011, Jeri passou por uma crise na segurança. Duas adolescentes, acompanhadas dos namorados também adolescentes, saíram de uma festa junina da escola onde estudavam e foram a um lugar próximo a duna do pôr do sol, cartão-postal da vila.
Dois homens armados e de moto abordaram o grupo, amordaçaram os rapazes e estupraram as adolescentes. Um dos rapazes ainda conseguiu fugir e chamou a polícia, que não chegou a tempo de evitar o crime. Revoltada, a sociedade local se manifestou com abaixo-assinado e passeata para chamar atenção das autoridades.
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