A reconstituição da morte do menino Lewdo Ricardo Coelho Severino, de nove anos, e a acareação entre os pais e suspeitos do crime, o subtenente do Exército Brasileiro (EB) Francilewdo Bezerra Severino e Cristiane Renata Coelho Severino, foram marcadas para a próxima segunda-feira (22).
O primeiro momento será o reencontro entre o casal, às 9h, no 16º DP (Dias Macêdo), perante o delegado que preside o inquérito, Wilder Brito Sobreira. A acareação colocará frente a frente as duas versões dadas para o homicídio da criança, bem como as acusações de tentativa de homicídio que existem de ambas as partes.
Na sequência, o casal será conduzido junto com a equipe policial à casa onde moravam, no Conjunto Napoleão Viana, bairro Dias Macêdo. No local, será feita a reconstituição do dia do crime, segundo as duas versões.
Militar está debilitado, segundo defesa
De acordo com o advogado Walmir Medeiros, que representa o subtenente, o militar ainda está debilitado. Francilewdo, que recebeu alta médica no último sábado (13), permaneceu internado por 30 dias, 11 deles em coma. Após a alta, o subtenente foi levado à casa de familiares, onde está morando.
"Ele está abalado, convivendo com a família reunida, mas sem os filhos. A família está preocupada com a reconstituição, pos vai demorar. Por isso, um médico estará junto, acompanhando, pois o subtenente ainda está fraco. Ele anda com dificuldade, pois ainda está operado. Caso ele se sinta mal, poderemos adiar a reconstituição", disse.
A reportagem tentou contato com o advogado de Cristiane mas as ligações não foram atendidas.
Crime em casa
Lewdo Ricardo foi assassinado na madrugada de 11 de novembro, dentro de casa. Segundo a mãe, Cristiane Renata, o militar a teria agredido e obrigado a tomar de cinco a seis comprimidos de clonazepam, medicamento tranquilizante de tarja preta. Ela teria ficado iconsciente e, ao acordar, viu o marido agonizando e o filho morto. Francilewdo foi levado em estado grave ao Hospital Geral do Exército e, com base no depoimento de Cristiane, preso em flagrante.
Segundo os laudos médicos, o menino e o subtenente ingeriram agrotóxico proibido conhecido como chumbinho, usado comumente para matar ratos.
Para a Polícia, o casal entrou em contradição em seus depoimentos, o que levou a então vítima Cristiane à condição de também suspeita do crime. O subtenente, contudo, não teve sua participação no homicídio descartada. A prisão preventiva do militar, porém, foi revogada no último dia 3.
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