Contágios deixam de ser principal causa de óbito entre recém-nascidos. Parto prematuro lidera
Pela primeira vez, a principal causa de morte de recém-nascidos no mundo não são as doenças contagiosas, como a tuberculose, pneumonia e diarreia.
Segundo um novo artigo na revista científica “Lancet”, em primeiro lugar estão agora as complicações relacionadas ao parto prematuro - o Brasil segue a regra global.
A mudança se deve à queda nas mortes por doenças infecciosas, especialmente nos países mais pobres, e faz parte de uma transição epidemiológica profunda pela qual o mundo e o Brasil passaram nas últimas décadas.
Doenças como gripe e rubéola deixaram de ser tão assustadoras. Os males do mundo contemporâneo são o câncer e doenças do aparelho circulatório como infarto e AVC.
O declínio das mortes por doenças infecciosas e parasitárias tem como grandes causas o acesso às vacinas e a expansão do saneamento básico - embora 36% da população mundial e 19% da brasileira não esteja coberta.
A diminuição da mortalidade infantil, especialmente, tem grande impacto na expectativa de vida.
“Quando uma criança morre, fora a tragédia, perdemos até 80 anos na conta da expectativa de vida; quando um idoso morre, perdem-se apenas alguns”, explica Alexandre Chiavegatto, da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Em 1930, a expectativa de vida no Brasil ela era de 32 anos. Hoje, é de 74 anos. No mundo, a variação no mesmo período foi de 38 para 70.
Novas doenças
Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, a grande fatia epidemiológica ocupada pelas doenças cardiovasculares atualmente decorre do desenvolvimento do país. “Doença cardiovascular é doença de país rico”, diz.
Não é difícil entender: fatores como má alimentação, estresse e falta de atividade física são suas principais causas. (das agências de notícias)
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